O digital como fator de inclusão

Não existem pessoas deficientes, apenas existem tecnologias deficientes” (Hugh Herr)

Ainda que imperfeitas, as tecnologias são uma resposta inequívoca para a inclusão escolar e social de muitos alunos, incluindo aqueles que têm necessidades específicas.

O papel que as tecnologias desempenham na minimização de barreiras devolve aos alunos a capacidade de superar as inúmeras provas que enfrentam para participar de forma plena no espaço escolar e na sociedade.

As tecnologias proporcionam, por um lado, opções de acessibilidade que tornam possíveis a aprendizagem e a comunicação. Os equipamentos e programas específicos como teclados e ratos adaptados ou leitores de ecrã, software de reconhecimento e síntese de voz, ou aplicações para comunicação aumentativa permitem que os alunos com algum tipo de alteração visual, auditiva, motora ou cognitiva participem nas aulas e realizem as tarefas propostas pela escola.

Além disso, as tecnologias facilitam a personalização da aprendizagem, nomeadamente no que respeita aos ritmos e preferências individuais, sobretudo para os alunos que precisam de mais tempo para compreender os conteúdos curriculares ou realizar atividades, contribuindo também assim para uma educação mais inclusiva.

Evidentemente, a importância das tecnologias extravasa o contexto educativo e influencia profundamente as vidas dos alunos em múltiplos aspetos, dando-lhes ferramentas de participação, promovendo a igualdade de oportunidades e contribuindo para um mundo onde todos têm voz.

Através de exemplos de equipamentos e programas e algumas histórias de pessoas com quem trabalhámos, falaremos de sucessos, oportunidades e desafios e de como é fundamental aproveitar o potencial largamente inexplorado das tecnologias em contextos e com sentidos que construam uma sociedade mais inclusiva, justa e rica nas suas diferenças.